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VII Congreso SECLA Valencia
 

 


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TRATAMENTO POR VIA LAPAROSCÓPICA DA ACALÁSIA. Experiência em 28 casos. TRALHÃO, J.G., MILHEIRO, A., MARTINS, M., MANSO, L.C., CASTRO SOUSA, F. Hospital Universitário de Coimbra. Departamento de Cirurgia, Serviço de Cirurgia III Coimbra, Portugal

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MATERIAL E MÉTODOS

Entre Janeiro de 1994 a Agosto de 2005, 28 doentes (8 Homens e 20 Mulheres) com acalásia foram submetidos a uma intervenção de Heller-Pinotti por via laparoscópia no nosso Serviço. A idade (X ± DP)  foi de 37,5 ± 10,1 anos (14  - 67 anos). O diagnóstico de acalásia foi feito em função do quadro clínico e  do estudo manométrico esofáfico. Todos os doentes referiam disfagia, dor retroesternal em 23 casos (80%), em 24 ( 86%) dor retroesternal pós-prandial, regurgitação em 40% (11 casos), emagrecimento superior a 10% do peso em dois (7%)  e complicações respiratórias num doente. O tempo médio de evolução do quadro clínico foi de 48 ± 40 meses (8 a 144). Todos os doentes foram submetidos, no pré-operatório, a manometria esofágica e a uma endoscopia digestiva alta (EDA). O trânsito esófagogástrico com bário foi realizado em 14 doentes (50%). Doze doentes foram submetidos a dilatação endoscópica (D): 1,5 ± 0,7 D (limites: 1 e 4 dilatações) e quatro a dilatação endoscópica e injecção de toxina botulínica (1 - 3 dilatações e uma injecção de toxina botulínica).
Nas horas que precederam a intervenção cirúrgica os doentes foram submetidos a dieta líquida. No bloco operatório os membros inferiores são colocados em abdução de cerca de 45º. O pneumoperitoneu é realizado com agulha de Veress através de incisão realizada cerca de 2 cm acima do umbigo. Seguidamente coloca-se um trocarte de 10 mm que permite realizar uma laparoscopia exploradora. Os outro quatro trocartes são colocados nas posições seguintes: um de 10 mm na linha médio-clavicular esquerda; outro de 5 ou 10 mm à esquerda do apêndice xifóide por onde é introduzido um afastador do fígado; um outro de 5 mm junto ao rebordo costal esquerdo na linha axilar anterior e outro no hipocôndrio direito abaixo do rebordo costal, na linha médio clavicular. O doente é colocado em posição de litotomia. Após abordagem da base do pilar direito e secção da membrana freno-esofágica junto ao ângulo de His cria-se um trajecto retro-esofágico e colocação de tira de Rubberdan em torno do esófago que permite tracioná-lo em direcção caudal. A miotomia é realizada com o auxilio do dissector ultrasónico, numa extensão de 8 cm de extensão: 6 cm na vertente esofágica e 2 cm na gástrica e com cerca de 2 a 3 cm de largura. Posteriormente foi realizada uma hemiválvula tipo Dorr, à maneira de Pinotti, com passagem de cerca de 3 pontos entre a válvula e cada um dos bordos da miotomia. No final é verificada a ausência de qualquer dificuldade da progressão do endoscópio para o estômago ou a existência de microperfuração da mucosa esofagogástrica.
A mortalidade operatória foi definida como aquela que ocorre nos primeiros 60 dias do pós-operatório e a morbilidade major como aquela que determinou um aumento do tempo de internamento.
No primeiro ano após a intervenção cirúrgica os doentes foram observados ao mês, aos 6 e aos 12 meses. Posteriormente são vistos em consulta anualmente. Em cada consulta os doentes são questionados em relação a queixas de disfagia, dor retroesternal ou regurgitação. Não são realizados por rotina quaisquer exames complementares a não ser que se verifiquem alterações do quadro clínico que o justifiquem. Na avaliação do quadro clínico utiliza-se o score de Visick modificado tendo em conta quatro sintomas: disfagia, dor retroesternal, regurgitação e RGE 13. Foram classificados como Visick I todos os doentes sem qualquer queixa ou apenas com um episódio semanal de um ou mais sintomas; como Visick II todos aqueles com alguns episódios semanais que necessitam de tratamento médico; Visick III os que apresentam diariamente queixas que necessitam de tratamento médico e Visick IV todos aqueles em que o tratamento médico é pouco eficaz, podendo necessitar de nova abordagem cirúrgica.
 
Estudo estatístico.
Os valores são apresentados em termos de média ± desvio padrão. (X ± DP). Na comparação entre variáveis foi usado o teste  do X2.


 

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