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VII Congreso SECLA Valencia
 

 


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TRATAMENTO POR VIA LAPAROSCÓPICA DA ACALÁSIA. Experiência em 28 casos. TRALHÃO, J.G., MILHEIRO, A., MARTINS, M., MANSO, L.C., CASTRO SOUSA, F. Hospital Universitário de Coimbra. Departamento de Cirurgia, Serviço de Cirurgia III Coimbra, Portugal

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RESULTADOS

Não houve mortalidade operatória nem morbilidade major. A morbilidade minor ocorreu em dois doentes (7,8%): uma retenção urinária (n=1) e um hematoma de orifício de trocarte (n=1). A duração média do internamento foi de 4 ± 0,8 dias (limites: 3 a 6 dias). Todos os doentes foram submetidos à intervenção de Heller-Pinotti por via laparoscópica. A taxa de conversão foi de 0%. Em sete casos (25%) ocorreu microperfuração da mucosa esofágica na zona da miotomia que foi tratada com um ponto de fio reabsorvível 4/0. Cinco destes doentes (71%) tinham sido submetidos a tratamento endoscópico da acalásia: três a duas dilatação e injecção de toxina botulínica, um a três dilatações e um a uma dilatação (Quadro I). Em dois dos 12 doentes (17%) não submetidos a qualquer tratamento endoscópico, em dois dos 12 (17%) submetidos a dilatação endoscópica e em três (75%) dos  quatro doentes submetidos a dilatação e injecção de tóxina botulínica endoscópica previamente ao tratamento cirúrgico verificou-se perfuração da mucosa aquando da cardiomiotomia. Na nossa série, verificou-se que os doentes submetidos a tratamento endoscópico da acalásia antes do tratamento cirúrgico tiveram maior percentagem de perfurações per-operatórias da mucosa esofágica aquando da cardiomiotomia (p<0,045) (Quadro I). Este facto foi mais evidente nos doentes submetidos a dilatação e injecção da toxina botulínica do EEI (p<0,013).      
Nenhum doente foi perdido para o follow-up. O tempo médio de catamnese foi de 12,5 ± 25 meses (limites: 5 a 132). Não houve necessidade de efectuar qualquer reintervenção. Vinte e quatro doentes (86%) foram classificados como Visick I e três (11%) Visick II. Destes, dois referem queixas de RGE que necessitam esporadicamente de tratamento médico e os restantes de discreta disfagia que não necessitou de qualquer tratamento médico ou endoscópico. Um doente foi classificado como Visick III porque apesar do estudo endoscópico per-operatório não revelar qualquer dificuldade na progressão do endoscópio, veio a referir disfagia para sólidos o que obrigou á realização duma dilatação endoscópica; encontrando-se bem oito anos após a dilatação. Nenhum doente foi classificado como Visick IV.

Quadro I – Relação entre o tratamento endoscópico pré-operatório e o risco de perfuração per-operatória no tratamento cirúrgica da acalásia (n=28)     

Tratamento endoscópico
pré-operatório
Perfuração
(n=7)
Sem perfuração
(n=21)
p
Sem (n=12) 2 10  
Dilatação do EEI (n=12) 2 10 0,045
Dilat. + Inj. tóxina bot. do EEI (n=4) 3 1  

 

 

 

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